segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Das estranhezas

Sim, somos seres estranhos.
A gente fica horas brigando por nada.
Fica dias se amando por tudo.
Fica meses na latência do querer.

Sim, o amor é estranho.
Fica em silêncio no mais absoluto barulho, o mesmo que atordoa nossa alma.
Põe-se reto quando a estrada é torta.
Torto quando a estrada é reta.
Desvia de nós, o tempo todo, teimando com nossas certezas.

Não, eu não sei se isso muda.
Somos feitos de um ar comprimido.
Preenchidos de liberdade, não de saudade.
Estranhos na nossa essência,
estranhos juntos,
estranhos a sós.
Mas somos nós.
Antes, depois, outra hora, outro dia...
quem sabe?
Nós.








Nenhum comentário:

Postar um comentário