sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Sobre brigas, dramas e amor

Eu tenho dois defeitos graves e quase indissolúveis. Sou brigona. Sou dramática.
A qualquer momento, cismo que preciso tirar uma história a limpo. Pode ser do arco da velha. Pode ser algo que me incomoda só um pouquinho. Lá vou eu, com meu ímpeto esbravejante, tentar encontrar respostas para perguntas que sequer foram feitas.
Mas o que mais tem me chamado atenção nos últimos tempos: na maioria das vezes, brigo e sou dramática com quem amo. Contradição? Sim. Inexplicável? Também. Deveria ser normal querer a paz, o sorriso, o abraço daqueles que me fazem bem. Acontece que sempre encontro uma pulga para colocar atrás da orelha. Uma frase que leio errado. Um olhar que encaro de outro jeito. Pronto, é briga. E drama. E horas e horas de discussão, de dor de cabeça, de páginas e páginas de emails, de litros e litros de lágrimas.
Como fazer alguém que eu amo entender isso? Que só questiono quem me importa? Que só levanto a voz com quem me ouve? Que só choro pra quem sorrio?
Essa tem sido minha tarefa mais árdua. Colocar limites no que eu sinto. Separar o que é dor do que é drama. Entender esse jogo da vida em que, às vezes, nem tudo ocorre do jeito que eu quero, do jeito que eu planejei.
Então, se nos últimos meses, eu já briguei com você, leitor, aceite minhas desculpas, meu abraço e guarde uma certeza. Essa é minha forma de amar. Atrapalhada, torta, estranha. Mas verdadeira. Juro que sim.

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