terça-feira, 6 de setembro de 2011

Do arco-íris

Tem dia em que a gente acorda cinza, ácido, áspero.
Em que tem vontade de gritar. Com os outros, consigo.
Em que não tem janela que nos faça espiar a calma lá fora. Tudo está cinza. E só a gente sabe por que.

Mas tem dia em que a vida se mostra em tons exageradamente fortes, vivos, intensos.
E o que era guerra, vira paz.
O que era dor, vira sorte.
O que era momento, vira eternidade.

Nos dias em que você estiver cinza, não se obrigue a ver cores onde não tem. Contenha-se; acalme-se; pondere; reflita.

Porque quando o azul começar a aparecer, o vermelho voltar a despontar, o amarelo surgir na sua janela, você vai ter certeza. Sim, você vai saber. E não tem nuvem de chuva lá fora que te obrigue a recuar.

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