sexta-feira, 1 de julho de 2011

Deixa ele entrar

Quando o amor bate na porta, a gente tem que ir atender.
Tem que convidá-lo prum chá, um café, uma água, o que seja.
Porque o amor se anuncia leve, se anuncia exato, se anuncia cor.
Ele entra bem devagar, até tomar conta da sala, do quarto, de nós.
Ele nunca vai pedir para sair, a não ser que a gente decida mandá-lo embora, pela porta da frente ou pela porta dos fundos.
Se mandar, a gente não pode mirá-lo pela última vez sem dor e sem culpa. Porque quando o amor escapa, ele dói, ele arde, ele mata.
Quando o amor bate na porta, a gente tem que recebê-lo de pijamas, pantufas ou com o vestido mais lindo do guarda-roupa.
A nossa única missão é mesmo deixar a porta aberta.
Porque se ele entrar, a vida muda.
E a gente não vai parar de sorrir.

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