domingo, 17 de julho de 2011

Eu te amaria

Eu te amaria de novo, de novo e pra sempre.
Deixaria meus pés suspensos pra flutuar mais dois minutos com você.
Repetiria baixinho a nossa canção de amor, a sua canção de ninar.
Sairia falando alto por aí que fomos feitos um pro outro. Que somos, que seremos, que sonhamos.
Eu te amaria de novo e mais a cada segundo.
Tocaria em sua mão com o calor suave das minhas, a mesma que tantas vezes te acenou de longe todas as vezes que você partiu.
Abriria mão das falsas verdades, das mentiras sinceras, do oco que nos habita cada vez que nos pomos em cheque.
Sonharia acordada só pra não precisar dormir. Pra não te perder.
Eu te amaria de novo sempre, sempre e tanto (como diria o Vinicius).
Consertaria nossos erros, que foram ficando pelo caminho, levando pedacinhos de nós, quebrando nosso contrato.
Rasgaria aquela carta triste que você me escreveu. E aquela outra que eu deixei debaixo da sua porta, com três linhas e milhões de lágrimas.
Encontraria o presente. O seu presente.
Eu te amaria de novo no limite do meu próprio amor, no limite das nossas fra(n)quezas, daqueles pratos que vivem quebrados, daquelas certezas que nos mantém separados.
Eu te amaria com os olhos fechados, com os braços abertos, com o nó na garganta, com o riso, com o sopro, com o sonho. E te amaria a cada passo pra frente, se essa conjugação fosse possível. Se eu já não te amasse tanto.

P.S para leitores desavisados: Não se trata de um texto sobre mim. Não é um desabafo, nem uma declaração de amor pra ninguém. Se quiser, volte sempre.

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